Doze anos que meu pai partiu, seu jeito de cabra macho, mãos firmes… já no final dos seus dias mal conseguia enxergar, sinto tanto a sua falta, velho Mané!
As memórias se entrelaçam como fios de saudade, os momentos compartilhados ecoam no silêncio do tempo. Seu olhar, outrora tão penetrante, agora se perde nas sombras do esquecimento. A saudade é um vazio que se alastra, uma ausência que pesa nos recantos do coração.
As histórias que contava, os conselhos sábios que sussurrava, tudo isso se torna mais precioso a cada dia que passa. As lembranças se transformam em luzes suaves, iluminando os cantos escuros da alma, trazendo consolo em meio à solidão da sua ausência.
O tempo segue seu curso implacável, mas a falta que você faz permanece inabalável. Se ao menos pudesse sentir mais uma vez o aperto de suas mãos fortes, ouvir sua voz de trovão. A saudade é um rio que corre sem trégua, levando consigo as lembranças mais queridas.
Manoel, sua presença ainda ressoa na minha existência, e sua falta é um eco eterno que ressoa em cada batida do meu coração. Descanse em paz, Mané do Dico! 😔
©️ Beatriz Esmer
