Nas tramas do cotidiano, entre o barulho da cidade e o silêncio da madrugada, há uma mulher que caminha com o verbo vivo na Alma. Cada gesto, cada olhar, é uma oração sem palavras, feita de sorrisos e lágrimas, de chegadas que aquecem e partidas que ensinam.
A vida a enfeita – não com ornamentos visíveis, mas com memórias que pulsam entre noites e dias que a contam inteira. Ela escuta, sempre atenta, a voz de dentro: essa que não grita, mas revela. Diz, em sua sabedoria mansa, que amar se aprende amando.
E é nessa escuta que ela se refaz. Que, mesmo ferida, escolhe a beleza. Que, mesmo exausta, insiste na ternura. Que, mesmo sem todas as respostas, acredita na potência do caminho.
Porque para essa alma que vive em verbo, amar não é destino, é decisão. É o sopro contínuo que mantém a chama acesa.
©️ Beatriz Esmer
