Andamos todos com essa pressa de voltar para casa. Uma casa que nunca pisamos, mas que a alma reconhece — feita de lembranças fiadas e de sonhos que a gente só avista de relance, feito luz de pirilampo no cerrado.
Comunidade
É aquele lugar onde a palavra não tropeça no dente, nem entala na garganta. Onde a gente fala com o coração na mão, sem medo de ser quem é. É o cerco de mãos que se abre em acolhida; o brilho nos olhos de quem nos vê chegar e o mutirão de vozes que celebra quando a gente se coloca em pé, com a força que Deus deu.
Comunidade é o feixe de lenha: sozinhos somos gravetos, juntos somos fogo que cozinha o necessário. São braços que sustentam o cansaço e a roda que cura a ferida.
É o quintal dos amigos. Onde, finalmente, a gente pode ser livre. 🙏🏾❤️
©️ Beatriz Esmer
